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Salão Líder fecha as portas guardando meio século de tradição em Niterói

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O Salão Líder fechou mais um capítulo da história do Centro de Niterói. Com a crise financeira, a barbearia ia mal das pernas e acabou não resistindo ao corona vírus que vem matando muita gente e levando empresas a falência. A loja que ocupava na Avenida Amaral Peixoto ainda ostenta o letreiro e um painel com foto de sua primeira equipe, além da placa de “aluga-se”.

Primeira equipe do Salão LíderNa década de 60, quando Niterói era capital fluminense, os homens mais vaidosos tinham o hábito de fazer a barba, cabelo e bigode no Salão Líder. Havia também os que mandavam passar uma tintura no cabelo e esmalte incolor nas unhas das mãos.

Naquela época existiam dois salões masculinos que ofereciam esse serviço completo feito por profissionais especializados. Eram o Líder e o Sul América. Este fechou há muito tempo. Ficavam na Rua José Clemente, de onde o Líder se mudou para a Avenida Amaral Peixoto.

A velha província fervilhava de gente. Niterói era a sede do governo estadual, da Assembleia Legislativa, Tribunais de Justiça e de Contas e secretarias estaduais. Prefeitos e empresários que visitavam a capital aproveitavam para aparar o cabelo, a barba ou dar um trato nas unhas. Deputados, magistrados e gente da sociedade eram assíduos frequentadores.

No final da década de 60 surgiu a figura do cabelereiro masculino. Adib Rachid, que fazia sucesso com seu salão no Edifício Avenida Central, no Rio, abriu uma filial na Pereira da Silva, em Icaraí, e depois na Galeria Paz, no Centro, formando uma geração de profissionais de cabelo masculino, muitos ainda em atividade.

No mundo moderno, o nome agora é Barber Shop (já tem muitos na cidade, principalmente na Zona Sul). O diferencial é que além de barba, cabelo e bigode bem feitos, oferecem aos clientes cervejas importadas, uísque e champanhe, que antes era privilégio nos salões femininos.

Fonte: Coluna do Gilson

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